Em Eclesiastes 4:4 diz: Descobri que todo trabalho e toda realização surgem da competição que existe entre as pessoas. Mas isso também é absurdo, é correr atrás do vento.
Wow! Que forte! Fazendo uma paráfrase Rick Warren, em seu livro 'Uma Vida Com Propósito' diz: o que faz um homem correr atrás do sucesso é a inveja. Algo ainda mais duro de ouvir (nesse caso, ler). Confesso que quando li esse versículo fiquei um pouco espantada e pensei em todo esse novo mundo de comparações e exposições em que fomos conduzidos por tantas mídias sociais, e sempre que falo de mídias sociais ou redes sociais me recordo ao filme ‘A Rede Social’ que tentou descrever mais ou menos a criação do Facebook, e lembro-me que em um dos diálogos de Mark Zuckerberg ele diz que o objetivo primeiro da Rede mais forte e milionária da atualidade, era semelhante a um álbum, só que virtual, com as vantagens de que se podia escrever qualquer coisa que estivesse passando pela cabeça ou, principalmente trazendo outro objetivo exposto no filme, a indicação da sua disponibilidade para os relacionamentos, já que a primeira ideia era para os círculos universitários, onde a paquera ‘corria solta’, já dizia a minha avózinha.
Bem se esse era realmente o primeiro objetivo da Rede até que começou bem inocente, é claro que com o decorrer das necessidades das pessoas, fato que a perspicácia de Mark não deixou passar, essa Rede de relacionamento foi dando lugar a muitas outras coisas e aguçando muito mais ainda as necessidades (escondidas muitas vezes) de cada um. E infelizmente algumas dessas necessidades, emoções, sentimentos e carências, não são tão louváveis assim. Acredito que a vaidade por exemplo, - diuturnamente aguçada, mantida e alimentada nesses meio - seja um dos pilares que sustenta as redes, somada a inveja, a competição, a comparação, a curiosidade em saber sobre o outro, seus gostos, pensamentos, debilidades, querer ser o mesmo, ou melhor quê - todos os sentimentos escondidos por detrás desse versículo (Ec. 4:4).
Outro dia vi uma pregação da pastora Talitha Pereira em que ela ‘Re-descreve’ um antigo ditado brasileiro dizendo: “queres saber quem é o vilão? Cresça ao lado dele.” E essa, infelizmente é uma realidade atual, fomentada principalmente por esse mundo de exposição, que dentre tantas exposições, expõe (sendo redundante) - de maneira sutil algumas vezes, inocente, inconsciente, mas outras vezes voraz - o pior de nós.
Si podemos mudar esse panorama? Esses sentimentos e essa dinâmica? Claro que sim, demandará trabalho e decisão, correndo sempre o risco de voltar à antiga condição, nossa natureza é como um buraco negro, sempre terá uma força brutal em nos puxar de volta. Mas acredito no poder de Deus para mudar nossa essência, que é pecaminosa, voltada ao mal, podendo ser chamada inclusive de ‘condição humana’, mas não sou hipócrita a ponto de acreditar que possamos viver em um mundo alienado e apartado da tecnologia e todo o que ela oferece. Identificar nossas debilidades em relação a isso (e em relação a todas as demais áreas) é o começo, as pequenas mudanças podem vir primeiro e aquelas pesadas, as quais não temos mais forças para mudar, já sabemos a quem entregar.
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