Há algum tempo atrás eu aprendi algo novo sobre o amor, algo que nunca ninguém tinha me ensinado, algo que nunca tinha ouvido. Uma nova forma de definir e reconhecer o amor... E confesso, fui resistente em aceitá-la. As novelas, canções, livros, e histórias cotidianas sempre incutiram em minha cabeça um tipo de amor; um amor sofrido, um amor onde ambos ou uma das partes ‘não viveria sem’, algo entre a loucura e a dependência extrema. Sei que existem varias formas de amor, tampouco sou PhD sobre relacionamentos, ou sentimentos para discursar a verdade absoluta, não, não é isso que faço por aqui, mas reconheci uma nova (para mim) forma de amor e é sobre essa que vou contar-lhes: Quero lembrá-las que, como sabemos, existem muitos tipos de amor, o amor à família, aos amigos, mas é sobre o amor entre um homem e uma mulher que quereria falar um pouco, lembrando que essa definição de amor (que já lhes contarei), também pode ser aplicada a outros relacionamentos.
Como disse anteriormente, tudo que aprendemos sobre o amor desde que nos entendemos por gente, por tantas fontes equívocas, acabamos confundindo muitos sentimentos com o Amor. Por exemplo, o estar apaixonada com amor; a carência, com amor; a falta de amor próprio, com amor... E isso nos confunde, distrai e nos leva a caminhos, geralmente, de sofrimento.
Mas o amor (de verdade, principalmente e já reforçando a intencionalidade deste post), entre um homem e uma mulher, é diferente do que estamos acostumados a ver e definir. O amor é uma decisão e não um sentimento (ok, se você nunca ouviu falar disso, te dou uma pausa para a surpresa). Você decide amar a quem quiser. E te digo, é preferível que você ame a quem tem os atributos para te trazer paz, leveza, uma pessoa que você não tenha vergonha ou medo de ser quem você verdadeiramente é, e que também decida te amar. As duas decisões precisam convergir. E quando entendemos e reconhecemos isso as coisas fluem mais facilmente...
Muita gente acredita que o sofrer por uma pessoa e a dedicação extrema, incluindo a anulação própria muitas vezes, faz a outra pessoa perceber o amor dedicado, reconhecer o esforço, e no final da historia o premio para todo esse “amor dedicado” é o amor correspondido. Eu particularmente não acredito nisso, por experiência e por testemunhar muitas histórias. Como já disse, esse contexto me recorda mais as historias de novela, onde a Nice, protagonizada pela fantástica Glória Pires, (a filha pobre do motorista) passa toda a trama fazendo tudo e sendo rejeitada pelo “mocinho” Rodrigo, também protagonizado pelo ator Kadu Moliterno (o empresário rico), que somente ao final da novela (PLIN!) percebe que foi sempre apaixonado pela gata borralheira. Reconheçamos nós gostamos dessas histórias, eu sim, até perdi as contas de quantos ‘Vale a pena ver de novo’ assisti. Mas na vida real? Eu não sei... Sou um pouco/muito séptica em relação a isso.
A minha opinião é que ninguém deveria mendigar amor, e hoje com a maturidade que tenho, do que vivi, li, testemunhei e vi... Isso não é bom para ninguém, ser marionete, um objeto qualquer ou um brinquedo não é digno a quem quer que seja. Talvez a imaturidade nessa área deixe a visão um pouco, ou muito, turva em relação a isso... Quem sabe uma carência absurda alimentada por varias situações durante toda uma vida... Quem sabe? Cada um com suas histórias, traumas, debilidades... Que sempre se somam refletindo como agimos, pensamos, e reacionamos atualmente...
O post de hoje se fundamenta em algumas coisas principais: a primeira é que aprendamos que o amor é uma decisão e não um sentimento. ‘ Eu decido amar...’ Ao que harmonize com você... Também que o amor unidirecional não é bom e pode trazer sofrimento sim.
Romantizar pequenos gestos normais da pessoa a quem é dedicado “o amor não correspondido” na tentativa de justificar aos outros e a si mesma, que a luta por esse amor pode resultar em algo favorável, buscando uma autoafirmação/justificação, só aumenta o prazo de sofrimento. Se uma pessoa gosta de você, ela busca por você, ela busca oportunidades e não desculpas... Mendigar amor não é bom para ninguém... Fere, machuca, deprime... Você se perde e não percebe... E o Amor? O amor é um sentimento tão forte que precisa ser racionalizado, decidido... E todas as consequências do amor (com dedicação) surgem com o tempo...