Esse é um dos grandes motivos com o qual muitas pessoas se veem presas
de maneira voluntária; se não por toda vida, mas pelo menos em uma parte dela.
A busca pela alimentação continua do ego por pessoas alheias, como os pais, o cônjuge,
os chefes, os professores, os amigos, e até os filhos, é uma busca perigosa e
tem a capacidade de consumir psicologicamente (e em alguns casos fisicamente)
muita gente, e toda essa pressão e desespero por aprovação, nem sempre pode
satisfazer o outro, o que pode em alguns casos trazer desmotivação, desilusão,
tristeza, trauma, travas...
Quantos exemplos presenciamos, vivemos ou nos contaram não é verdade? De um filho que só se tornou médico porque agradaria a seus pais, mais o que ele queria mesmo era fazer artes plásticas; ou a jornalista que nunca chegou ao máximo de sua carreira porque se limitava a escrever artigos que sua chefa lhe direcionava; ou a jovem que cada vez que mudava de circulo de amizade mudava também a forma de vestir e a ideia do que iria fazer de sua vida. Outros ainda começaram a fumar e a beber para ‘cair bem’ aos amigos da turma. São inúmeras situações e pessoas que continuamente se ‘desvivem’ por aprovação.
Outros ainda como lagartos - que podem mudar de cor em resposta ao seu entorno, ou um dado momento em particular. - vivem constantemente personagens, e mudam segundo o nicho que estão inseridos naquele momento, segundo o nível de persuasão do outro, ou ainda o quanto se deseja agradar. Essas pessoas em geral, não vivem suas próprias vidas, não tomam suas próprias decisões por medo de não serem aceitas, ou por medo de que os outros pensem mal ao seu respeito. E aí menciono duas situações, que podem ser causas para tal comportamento: a primeira é a insegurança, que quem a sofre, necessita ajuda e acompanhamento especializado. Outros ainda utilizam essa estratégia para conseguirem o que querem, depois de descobrir que sempre concordando com o outro se evita o estres da divergência e na maioria das vezes tem seus desejos concedidos.
Acrescento também (e infelizmente) a transferência dessa necessidade ao meio cristão, alguns ainda tentam adequar a Palavra de Deus às necessidades, caprichos e vaidades do outro, a fim de tornar-se um “cristão legal”. Paulo já comentava isso em suas cartas, cito aqui duas passagens: Gálatas 1:10 “Acaso busco eu agora a aprovação dos homens ou a de Deus? Ou estou tentando agradar a homens? Se eu ainda estivesse procurando agradar a homens, não seria servo de Cristo.”; 1 Tessalonicenses 2:4 “pelo contrário, como homens aprovados por Deus, a ponto de nos ter sido confiado por ele o evangelho, não falamos para agradar a pessoas, mas a Deus, que prova os nossos corações.” A palavra de Deus não muda ou se adequa para conseguir SEGUIDORES, não é politicamente correta, e se mantem firme quanto ao que é pecado. Ser cristão implica nisso, em não agradar a todos, porque de fato, como diz o ditado: Nem Jesus, que é Deus, agradou. Em Mateus 10:35 e 36 diz: “Pois vim para fazer que ‘o homem fique contra seu pai, a filha contra sua mãe, a nora contra sua sogra; os inimigos do homem serão os da sua própria família’.” E aqui cabe a explicação acerca desse versículo por John McArthur: “Embora o fim último do evangelho seja a paz de Deus, o resultado imediato do evangelho é frequentemente o conflito. A conversão a Cristo pode resultar em tensões nas relações familiares, perseguição e inclusive o martírio. Seguir a Cristo supõe a intenção de suportar semelhante penalidade. Embora Ele seja chamado “Príncipe da paz”, Cristo não enganaria a ninguém fazendo pensar que ele oferece aos crentes uma vida livre de problemas.” Resumindo: A Palavra é essa, desviar a intenção ou “tentar colocar o pé 36 em um sapato 34”, não é bem o caminho, ela é o que está escrito, sem adequações, as vezes dura quando nos põe suas provas, mas seguramente, para aquele que não se desviam dela, nos trará a paz com Deus.
Acredito que a chave para o fracasso é viver tentando agradar e satisfazer aos outros e isso nos distancia do propósito de Deus para nossas vidas. Como diz em Mateus 6:24a: “Ninguém pode servir a dois senhores” , ninguém pode servir a Deus e viver tentando agradar a quem quer que seja, não que essa pessoa seja mal, que pode não ser esse o caso , mas que o nosso propósito seja agradar a Deus e estar preocupados em receber a aprovação Dele, em nossa atitudes, palavras e pensamentos. E reforçando essas palavras cito mais uma vez nosso irmão Paulo, cheio do Espírito Santo em sua Carta aos Tessalonicenses: “Quanto ao mais, irmãos, já os instruímos acerca de como viver a fim de agradar a Deus e, de fato, assim vocês estão procedendo. Agora lhes pedimos e exortamos no Senhor Jesus que cresçam nisso cada vez mais. (1Ts 4:1) ”.
E como diz Rick Warren nesse capítulo do qual estamos fazendo esse devocional: “Infelizmente aqueles que seguem a multidão quase sempre acabam perdidos nela”. E outra citação fantástica que me foi dada hoje por “jesuscidêcia” é a de Martin Luther King que diz: “Todo cristão que aceita cegamente as opiniões da maioria e segue, por medo ou timidez, o caminho da conveniência ou da aprovação social torna-se mentalmente e espiritualmente um escravo.”.
Minhas queridas, que não estejamos perdidas e presas a um loop sem fim tentando agradar a todos, a liberdade verdadeira nos é dada por Jesus e Ele é o único a quem devemos agradar.
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